Uma equipe de engenharia da Ford Camaçari (BA) apresentou no programa global Desafio de Mobilidade (Mobility Challenge), o projeto MOB BAG criado para facilitar o deslocamento de pessoas com limitações para conduzir sua bagagem pessoal, tais como gestantes, deficientes físicos, idosos e mães com criança de colo, já que mobilidade urbana é uma preocupação constante da Ford, que incentiva seus empregados e a sociedade a desenvolver soluções e alternativas para o mundo de hoje.
A MOB BAG é um projeto com múltiplas funções, desenvolvida para ser transportada no porta-malas do veículo, em uma espécie de plataforma que funciona também como estação de recarga, aproveitando a energia gerada pela recuperação de frenagem do automóvel. Pode ser recarregada também em uma tomada convencional.
A mala é equipada com um motor elétrico com controle de velocidade sob demanda – as rodinhas são acionadas assim que a pessoa começa a puxá-la –, bateria e tração por sistema de engrenagem. Dispõe de um sistema eletrônico de travamento e localização, com cadeado aberto somente por senha em um aplicativo para smartphone, que avisa em caso de violação. A localização também é feita pelo smartphone, emitindo um sinal sonoro ou luminoso quando acionado, útil para encontrá-la na esteira de aeroportos.
Outra funcionalidade da MOB BAG é a possibilidade de ser usada como fonte de energia para o carregamento de dispositivos eletrônicos, como celular ou tablet, por conexão USB. Tampa deslizante e alça retrátil são outros detalhes que facilitam seu uso.
O objetivo do Desafio de Mobilidade, programa global da Ford, é permitir que empregados gerem ideias de inovações, em um exercício de criatividade, independentemente de sua implantação ou não nos veículos.
A Ford anunciou nos Estados Unidos o desenvolvimento de uma nova tecnologia para a produção de componentes de plástico e espuma sustentáveis para aplicação em veículos da marca. Primeira do setor automotivo a adotar essa técnica, que usa o dióxido de carbono capturado no ambiente como matéria-prima de biomateriais capazes de atender os rigorosos padrões da aplicação automotiva.
As emissões de carbono e as mudanças climáticas são uma preocupação crescente dos líderes mundiais, já que o volume de CO2 lançado globalmente na atmosfera é de impressionantes 1.000 toneladas por segundo. A fabricação de plástico é responsável por cerca de 4% do uso de petróleo no mundo, segundo a Federação Britânica de Plásticos. Os pesquisadores da Ford estimam que o uso de carbono capturado ajude nas metas de longo prazo para redução do aquecimento global, definidas recentemente no acordo da ONU em Paris.
A Ford começou a trabalhar com diversas empresas, fornecedores e universidades em 2013 na busca de aplicações para o CO2 capturado. Uma delas é a Novomer, com sede em Nova York, que usa o dióxido de carbono capturado em fábricas para a criação de materiais inovadores. Por meio de um sistema de conversões, ela produz um polímero que pode compor diversos materiais, como espuma e plástico, de fácil reciclagem.