Para quem dirige topar com insetos pelo caminho não gera trabalho maior que uma simples lavagem do para-brisa. Mas para os carros autônomos isso pode ser um problema sério se atrapalhar o funcionamento das câmeras, radares e sensores usados na navegação, o que levou a Ford a desenvolver estratégias especiais de proteção e limpeza desses componentes.
Nos últimos anos, a Ford realizou diversas pesquisas para garantir que os veículos autônomos sejam capazes de “ver” o mundo ao redor em diferentes cenários. Os testes incluíram desde pulverizar sujeira e poeira nos sensores e jatos de água para simular chuva até a criação de excremento sintético de aves para estudar seu efeito nas lentes. Foi construído inclusive um “lançador de insetos” para fotografar o seu impacto nos sensores em alta velocidade e desenvolver estratégias de limpeza.
Para levantar os tipos mais comuns de insetos que fazem contato com os veículos e com que frequência isso acontece, o estudo contou com a consultoria do zoólogo Mark Hostetler, autor de um livro sobre o tema.
Como resultado, a Ford já registrou cerca de 50 patentes de sistemas estruturais e de limpeza de carros autônomos, mostrando que há muita inovação nessa área além do mundo dos softwares. Assim, a tiara tornou-se também a primeira linha de defesa dos sensores, com ranhuras que criam uma cortina de ar para desviar os insetos das lentes.
A solução foi desenvolver um sistema de limpeza de última geração, com bicos que borrifam fluido para lavar cada lente. Usando algoritmos avançados, o veículo autônomo consegue identificar quando um sensor está sujo e limpa cada lente individualmente sem desperdiçar fluido. Depois da lavagem, um sopro ar seca a lente rapidamente.
Esse sistema equipa a terceira geração de veículos autônomos de teste da Ford,.