A Coopermiti, única cooperativa de lixo eletrônico em São Paulo, que tem os seus estoques abaixo do limite mesmo São Paulo sendo o estado campeão em geração de resíduos eletrônicos, com cerca de 448 mil toneladas ao ano.
Equipamentos eletrônicos sem uso ou quebrados acabam acumulando poeira em algum lugar da casa ou são jogados no lixo comum, segundo levantamento recente da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), resultando em mais de 500 milhões de equipamentos eletrônicos sem uso nas residências brasileiras. Estes eletrônicos, sem o descarte correto, acabam em aterros não licenciados e controlados, onde podem contaminar o solo e atingir lençóis freáticos.
Além do grande impacto à natureza, alguns componentes de valor (ouro, prata, paládio, cobre e alumínio) e que poderiam ser reaproveitados pela indústria acabam indo parar no lixo. Apenas 15% do ouro e da prata nesses equipamentos são reciclados no mundo, segundo artigo da Global e-Sustainability Initiative (GeSI). Ressalte-se a necessidade de grande volume de equipamentos para que o processo seja sustentável.
Estima-se que as minas urbanas de lixo eletrônico contêm uma quantidade de metais preciosos 50 vezes maior do que as minas encontradas sob o solo – o que poderia diminuir a extração de recursos naturais e investir no reuso destes materiais. A Coopermiti segue em busca de popularizar a cultura do descarte regular de eletrônicos por empresas e pessoas físicas.
A cooperativa realiza trabalho conjunto com empresas que possuem equipamentos sem uso ou quebrados. É possível agendar a retirada destes lotes corporativos e a Coopermiti oferece laudo de destruição para as companhias que precisam comprovar o destino destes resíduos eletrônicos, também é possível rastreá-los, se necessário.
Com sede localizada no bairro da Casa Verde, também recebe o lixo eletrônico diretamente no local ou nos postos de coleta espalhados pela cidade. O serviço é gratuito, no entanto, alguns materiais como televisores de tubo, possuem partes tóxicas e, por isso, precisam de destinação especial. Nestes casos, a Coopermiti cobra uma taxa de R$ 5.