por Caio de Mello Gonçalves* |
Vivemos um cenário fiscal no qual as empresas gastam, em média, 26 mil horas por ano para cálculo de tributos e geração de obrigações acessórias. Cerca de 60 novos atos legais são publicados diariamente e, em um ranking de 189 países, somos o 11º país com legislação fiscal mais complexa, segundo o Banco Mundial. Para minimizar a quantidade de energia gasta com atividades que não fazem parte de seu core business e, com certeza, o assunto fiscal é um grande vilão no consumo desse esforço, as empresas precisam se reinventar e fazer uso das tecnologias e processos que estão disponíveis.Nos últimos anos, alguns assuntos do mundo da tecnologia são muito comentados, como big data, mobilidade e banco de dados in-memory, E o grande desafio das desenvolvedoras de softwares fiscais é fazer uso dessas tecnologias para fornecer às empresas uma melhor performance na tão indesejada tarefa de pagar impostos. A utilização de um banco de dados in-memory, por exemplo, possibilita aos contabilistas realizar análises e projeções em tempo real, economizando um tempo precioso que antes era consumido com processos demorados de interfaces e conciliações entre o software fiscal e o ERP (Enterprise Resource Planning). Por meio dessa plataforma on-line é possível iniciar imediatamente a análise de cada novo documento fiscal emitido, trabalho de conferência que antes era feito somente dias após a emissão de documentos.Criar facilidades para o dia a dia se tornou mais que uma necessidade, para não dizer uma regra. Veja, por exemplo, se alguém por acaso já leu ou consultou o manual de uso do Facebook ou Twitter. Tenho certeza que não, pois eles não existem. E para o desenvolvimento de software temos uma importante disciplina chamada User Experience, ou apenas UX, conceito de melhor experiência ao usuário que permite aos softwares deixarem de ter um manual do usuário.Os softwares devem ser fáceis e intuitivos, de maneira que, em alguns poucos minutos de uso, seja possível ao usuário identificar padrões e realizar a utilização de maneira fluida, diminuindo assim a curva de aprendizado na adoção de um novo aplicativo ou software, que também pode ser utilizado dos diversos devices disponíveis, como os tablets e smartphones, além do já tradicional PC.De olho nesta tendência, desenvolvedores de software para a gestão fiscal estão investindo em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) para trazer ao mercado modernas arquiteturas que operam com rapidez e simplicidade nos mais diversos dispositivos disponíveis no mercado. É a transformação digital chegando para melhorar a experiência de uso do setor fiscal. * Caio de Mello Gonçalves é gerente de Produto da Divisão Aplicativos da Sonda IT, maior integradora latino-americana de Tecnologia da Informação |