Mitos sobre internet e cibersegurança

5 mitos sobre internet e cibersegurança: o que as pessoas precisam saber para garantir uma navegação mais segura na internet

Às vezes, pensamos que gabaritamos o teste sobre segurança online, mas, na prática, quando menos esperamos, notamos alguma coisa errada com nosso computador. Talvez tenha sido aquele link que remetia a uma promoção imperdível ou uma senha que jurávamos que ninguém seria capaz de descobrir.

Cenários assim não são incomuns no dia a dia das pessoas e muitos deles estão ligados à falta de conhecimento na hora de navegar online. Um compilado deste ano realizado pela Comparitech, com base em diversas pesquisas, mostrou que cibercriminosos (comumente chamados de hackers) têm voltado seus esforços para dispositivos inteligentes, como smartwatches e drones, entre outros.

Ainda segundo os dados trazidos pela Compari Tech, 75% das organizações nos Estados Unidos relataram a propagação de malware entre funcionários. Além disso, 69% dos profissionais de cibersegurança disseram que suas equipes estão subdimensionadas, aumentando o risco de ataques.

Para Jonathan Aprigio, Analista de Rede na Leste Telecom, há mitos nos quais as pessoas acreditam sem pensar duas vezes, mas que podem comprometer a segurança online e a integridade do computador. “Por exemplo, circula por aí que os Mac, da Apple, são imunes a vírus e, por isso, tendem a ser mais seguros. Na verdade, todos os sistemas operacionais são suscetíveis a ataques de malwares”, diz.

Por uma navegação mais segura

Além da desinformação sobre os sistemas operacionais, Jonathan aponta que é muito comum associar o uso de VPN ou navegação anônima a um anonimato total na internet. “Mais uma inverdade que é espalhada aos quatro ventos. VPNs podem aumentar a privacidade e a navegação anônima impede que seu histórico de navegação seja salvo localmente, mas essas medidas não impedem rastreamento por sites, provedores de internet ou ataques cibernéticos”, explica.

A seguir, o especialista elenca os principais mitos que precisam ser desmentidos se as pessoas realmente quiserem uma navegação mais segura.

1. Senhas fortes são infalíveis. “Senhas fortes são importantes, mas podem ser comprometidas por meio de phishing ou vazamentos de dados. Por isso, é de suma importância complementá-las com a autenticação em dois fatores (2FA) e, acima de tudo, evitar clicar ou acessar sites desconhecidos ou suspeitos”, conta.

2. Arquivos baixados de sites confiáveis não são infectados por vírus. “Um pensamento totalmente equivocado, pois até mesmo sites confiáveis podem ser alvos de ciberataques. Devido a isso, é preciso manter os softwares sempre atualizados e não deixar de usar um antivírus, além de, claro, evitar downloads de fontes desconhecidas e ter cuidado com e-mails e links suspeitos”, desmente.

3. Não é possível pegar vírus pelas redes sociais. “Enquanto o uso de Facebook, Instagram e outras redes sociais não é motivo para temer a infecção do computador ou dispositivo móvel diretamente, por outro lado, o compartilhamento excessivo de informações pessoais pode ser explorado por cibercriminosos. Ainda, é comum que pessoas mal-intencionadas utilizem recursos para espalhar links maliciosos e golpes de phishing nessas plataformas, então todo cuidado é pouco”, alerta.

4. Posso usar redes públicas sem medo. “Infelizmente, ainda tem quem acredite no conto da carochinha de que redes públicas, como as que encontramos em aeroportos e alguns estabelecimentos comerciais, são seguras. Por mais que elas possam ser úteis em várias situações, o Wi-Fi público pode ser facilmente interceptado por atacantes, permitindo acesso a dados sensíveis – e em hipótese alguma realize transações sensíveis em redes públicas, mesmo se você usar VPN”, ensina.

5. Se o site possui captcha, seu acesso é seguro. “Captchas ajudam a prevenir bots automatizados, mas não protegem a máquina contra ataques de phishing ou comprometimento de credenciais. Com isso, voltamos àquela velha história de manter softwares, sistema operacional e antivírus sempre atualizados, bem como não acreditar em todos os links que são encaminhados por e-mail, SMS ou por mensagens no WhatsApp”, adverte.

Para concluir, Jonathan traz mais alguns alertas a respeito da segurança online. “Criminosos podem usar informações pessoais expostas online para cometer fraudes, como acessos não autorizados a contas bancárias e cartões de crédito, prejudicando a vida pessoal, profissional e até mesmo financeira das vítimas. Por isso, além das dicas dadas acima, aconselho usar senhas fortes provenientes de gerenciadores de senhas, manter firewall e software de antivírus sempre ativados e atualizados e fazer backup regular dos dados. Quando se fala de navegação online, toda cautela é pouca”, finaliza.

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