Estudantes de 12 a 14 anos da Lumiar desenvolveram projeto que recria contexto de colonização africana no Minecraft durante a pandemia reunindo conhecimentos de história com criatividade, pensamento crítico e resolução de problemas
A escola Lumiar de Porto Alegre desafiou estudantes de 12 a 14 anos a criar um personagem que tenha vivido os momentos de colonização na África e América do Sul. A iniciativa faz parte da proposta pedagógica de trabalhar a aprendizagem baseada em projetos, com apoio de mestres (especialistas) e tutores (docentes). Alguns estudantes optaram por recriar o contexto e concretizar o personagem no jogo Minecraft. O projeto faz parte da grade curricular e é um dos métodos de avaliação usados pela escola para identificar a compreensão dos temas abordados, criatividade, problematização e resolutividade.
De acordo com Ângelo Belletti, mestre que acompanhou a turma durante este projeto, toda a discussão do tema foi orientada conforme os interesses dos estudantes, que poderiam usar a imaginação e a pesquisa para mostrar as evidências do que foi aprendido em uma persona. “Eles tinham liberdade para escolher a melhor forma de apresentar sua criação. Poderia ser um roteiro, um gibi, Minecraft e outras opções. O importante era praticar o conteúdo de forma criativa e isto se mostrou bastante efetivo porque engajou os estudantes a irem além dos temas discutidos”, conta.
Para a aluna Sofia Charney-Amorim (12 anos), esta atividade juntou lazer e aprendizagem. “Nunca tinha usado Minecraft antes, mas foi um jeito divertido de aprender. Me inspirei em uma animação que assisti que contava a colonização sob a perspectiva de uma criança. Então, criei uma história sob o ponto de vista de uma personagem criança que contava como enxergava aquele movimento de colonização”, explica.