No ano em que comemora seu centenário no País, a IBM Brasil realiza na Pinacoteca de São Paulo o projeto ‘A Voz da Arte’, desenhado pela IBM Brasil em conjunto com a Ogilvy e as equipes da Pinacoteca, que usa a computação cognitiva para tornar o passeio ao museu ainda mais interativo e personalizado. A companhia criou um assistente cognitivo que responde perguntas dos visitantes sobre sete obras de arte do acervo da Pina. A visita guiada com a tecnologia IBM Watson (plataforma cognitiva) abre ao público a partir de hoje (05/04). A iniciativa é inédita no Brasil.
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizado em 2010, 70% dos brasileiros nunca foram a um museu ou a um centro cultural. O projeto pretende utilizar a computação cognitiva como uma importante ferramenta para proporcionar aos visitantes uma experiência diferente no contato com as obras selecionadas, buscando contribuir para o aumento do interesse dos brasileiros pela arte. A ideia é despertar a curiosidade do público sobre o que pode estar por trás das obras, estimulando as pessoas a conhecerem mais as peças e seu contexto histórico.
A computação cognitiva é considerada a Terceira Era Computacional, cujo maior objetivo é aumentar a capacidade cognitiva do ser humano. Seus sistemas reproduzem com certa semelhança a forma humana de pensar, interagir e aprender, extraindo conhecimento de dados não-estruturados – com fontes e formatos distintos como textos, imagens e vídeos. Os insights gerados podem contribuir para a solução de problemas complexos da humanidade e das empresas.
A visita com Watson é simples e intuitiva. Na chegada à Pinacoteca, o visitante receberá um smartphone com fone de ouvido e o aplicativo mobile do projeto ‘A Voz da Arte’ instalado no aparelho. Ao andar pelo museu, o público receberá notificações sobre a proximidade de obras interativas e será estimulado a fazer perguntas sobre a obra que estiver mais próxima. Toda a interação é realizada por áudio e voz, em português. Deficientes auditivos também podem participar da experiência por meio de conversa escrita (chat).
Para identificar que um visitante se aproxima das obras selecionadas, foram instalados sensores de Beacon – dispositivo bluetooth de geolocalização que permite interação pelo smartphone. Já o app é um chatbot cognitivo que utiliza sistema de voz e de entendimento da linguagem humana por meio de serviços de inteligência artificial da IBM, que estão na plataforma em nuvem IBM Bluemix.
Ao todo, o Watson responde perguntas sobre sete obras do acervo da Pina, são elas: Mestiço, de Cândido Portinari (1934); Saudade, de Almeida Junior (1899); Ventania, de Antonio Parreiras (1888); São Paulo, de Tarsila do Amaral (1924); O Porco, de Nelson Leirner (1967); Bananal, de Lasar Segall (1927); e Lindonéia, a Gioconda do subúrbio, de Rubens Gerchman (1966). O sistema foi desenvolvido pela IBM Brasil e treinado em parceria com curadores da Pinacoteca.
Confira o vídeo oficial do projeto aqui.