Estudo da Kaspersky revela sentimentos contraditórios sobre o futuro do “aprimoramento humano”

Falta de conhecimento sobre o que é a tecnologia impede o desenvolvimento e impacta a longo prazo

Uma pesquisa realizada pela Kaspersky, intitulada Future of Human Augmentation 2020 Report, revela contradições sobre o futuro do “aprimoramento humano”, seja na família, no trabalho e na vida pessoal. De acordo com a pesquisa, a falta de compreensão sobre o “aprimoramento humano” pode estar impedindo o desenvolvimento da tecnologia. Isso porque quase metade (46,5%) dos entrevistados acreditam que as pessoas deveriam ser livres para aperfeiçoar seu próprio corpo com o “aprimoramento humano”. Porém, muitos deles demonstraram preocupações sobre o impacto social de longo prazo dessa tecnologia.

O “aprimoramento humano” pode acontecer de duas formas: pode ser exigido por motivos de saúde – como no uso de um membro biônico – ou por uma escolha pessoal quando, por exemplo, existe a possibilidade de inserção de chips de Identificação por Radiofrequência (Radio-frequency identification, RFID).

Dentre os entrevistados em sete países europeus (Áustria, França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha e Reino Unido), apenas 12% se oporiam a trabalhar com uma pessoa “aprimorada” porque sentem que eles teriam uma vantagem injusta no local de trabalho. Em contradição, ao mesmo tempo que 39% afirmaram temer que o “aprimoramento humano” possa levar a futuras desigualdades ou conflitos sociais, 49% se mostraram “entusiasmados” ou “otimistas” sobre uma sociedade futura que inclui pessoas “aprimoradas” e “não aprimoradas”. Neste universo, 50% dos homens e 40% das mulheres estão “entusiasmados” ou “otimistas”.

Além disso, mais da metade (51%) dos entrevistados confirma que conhece alguém com um “aprimoramento” e, no que diz respeito à vida pessoal, quase metade (45%) não teria problema em namorar alguém com “aprimoramento” e 5,5% dizem que já namoraram uma pessoa “aprimorada”. Mais de um terço disseram que “sempre aceitaram” as pessoas “aprimoradas” e 17% disseram que estão aceitando mais agora do que há dez anos. Por fim, 27% dos entrevistados acreditam que as pessoas “aprimoradas” devem ter representação especial em nível governamental, contra 41% que se opõem à ideia.

“Embora encontremos amplo apoio e interesse no aprimoramento humano em toda a Europa, existem preocupações compreensíveis em torno das implicações para a sociedade. Governos, líderes da indústria e pessoas aprimoradas devem se unir para moldar o futuro juntos e garantir que essa tecnologia se desenvolva de modo a ser regulamentada e segura para todos”, comenta Marco Preuss, Diretor da Equipe de Pesquisa e Análise da Kaspersky na Europa .

“A tecnologia de aprimoramento humano não deve ser considerada como solução para poucos. Deve ser acessível para que todos possam aproveitar os benefícios do aprimoramento”, complementa Hannes Sapiens Sjöblad, diretor administrativo e cofundador da DSruptive Subdermals .

Sobre a pesquisa

A pesquisa online foi conduzida pela Atomik Research entre 1 e 4 de março de 2021. A Atomik Research é uma agência independente de pesquisas de mercado com colaboradores certificados pela Market Research Society (MRS). O relatório completo está disponível mediante solicitação.

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