Malware disfarçados de apps educacionais aumentam 20.000%

Levantamento da Kapersky revela que Brasil é o quinto país mais atacado por malware e que o Zoom, amplamente usado para ministrar aulas durante a pandemia, foi a principal isca das ameaças detectadas

As plataformas de educação online entraram na mira dos cibercriminosos durante a pandemia e os brasileiros têm sido uma das principais vítimas. Um novo levantamento da empresa de cibersegurança Kaspersky revela que, ao longo do primeiro semestre deste ano, o Brasil foi o quinto país mais atacado por malware disfarçados de aplicativos de conferência ou de ensino.

De acordo com o relatório, intitulado ” Educação Digital: os ciber-riscos das salas de aulas online“, o número de usuários que encontrou esse tipo de ameaça, no mundo, foi 20.000% maior em comparação ao mesmo período de 2019.

Zoom foi usado como isca em mais de 99% das ameaças detectadas

A publicação atribui a explosão dos ataques disfarçados de plataformas de ensino à popularidade do Zoom. O app de conferências, amplamente usado para ministrar aulas durante a pandemia, foi usado como isca em mais de 99% das ameaças detectadas. Em 2019, a ferramenta havia sido usada em apenas 14% dos ataques dessa categoria no primeiro semestre daquele ano.

Em segundo lugar, aparece o Moodle. Apesar do aumento dos malware disfarçados da plataforma de ensino a distância (672, em 2020; contra 497, em 2019), o Moodle representou cerca de 0,4% das ameaças dessa modalidade no primeiro semestre deste ano. Já no mesmo período de 2019, era usado como isca em 60% dos ataques.

O relatório mostra ainda que, dos malware detectados, pouco mais de 90% foram riskware – arquivos que, uma vez instalados nos dispositivos, permitem aos cibercriminosos executar ações sem o consentimento do usuário. Outros 7% foram de adware, enquanto cerca de 1% foi de trojans.

Para os analistas da Kaspersky, os números reforçam a importância de que as organizações de ensino orientem alunos e professores sobre cuidados elementares de cibersegurança. Para evitar ataques como os citados no relatório, por exemplo, deve-se alertar que se baixe os apps apenas de sites e lojas virtuais oficiais, além de ter sempre instalada uma solução de segurança em seu dispositivo.

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