Alex Takaoka
É preciso adotar novas estratégias para resolver a escassez de profissionais qualificados na área de segurança cibernética. A falta de capacitação neste setor foi um problema recorrente no ano de 2019. Para este ano, é importante que as empresas utilizem abordagens progressivas e criativas para atrair e preparar novos talentos.
Segundo estimativas da Cybersecurity Venture, instituição de pesquisas de cibereconomia global, o setor deverá gerar cerca de 3,5 milhões de empregos até 2021. Isso ocorre porque os crimes cibernéticos têm sido cada vez mais comuns.
Entre as violações cometidas está o chamado ransomware, em que os criminosos ‘sequestram’ arquivos e informações relevantes e cobram um resgate por eles. Segundo uma pesquisa da Emsi Software, empresa de segurança especialista em ransomware, houve um aumento de 41% desse cibercrime em 2019 e mais de 200 mil organizações sofreram ataques do gênero. Diante de um desafio dessa magnitude, é preciso um pensamento completamente novo para progredir em direção a uma solução.
Uma alternativa para contornar esse lacuna no mercado, seriam as soluções de automação. No entanto, apesar de ajudarem, reduzindo muito o trabalho manual e repetitivo, tais soluções não são suficientes. O verdadeiro benefício da automação está em permitir que analistas qualificados lidem com ameaças com maior agilidade, fornecendo informações contextuais mais ricas. Portanto, ainda há necessidade de pessoas bem qualificadas nesta área.
É pouco provável que uma solução completa e automatizada para a crise de habilidades apareça no curto prazo. Sendo assim, a demanda por especialistas para aconselhar as organizações sobre medidas de segurança cibernética ainda será intensa. As empresas interessadas em adotar estratégias de cibersegurança precisam se unir à instituições de ensino para começar a estabelecer um futuro em que existam profissionais bem preparados para ocupar os diversos postos de trabalho que ainda irão surgir.
– Alex Takaoka, Diretor de Vendas da Fujitsu do Brasil