UNAMA desenvolve protótipo de ventilador emergencial hospitalar

O protótipo, em fase de teste, terá um valor treze vezes menor do que os encontrados no mercado

Uma equipe de docentes da UNAMA – Universidade da Amazônia desenvolveu um protótipo de ventilador emergencial hospitalar. O projeto foi montado em dez dias, no complexo de laboratório das engenharias, do campus Alcindo Cacela. A iniciativa faz frente a demanda global pela busca por equipamentos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em meio a pandemia de coronavírus. O aparelho foi analisado por fisioterapeutas da universidade e vai ser submetido à uma comissão técnica, seguido de testes.

O projeto da UNAMA é de simples uso, baixo custo de fabricação, além ser montado com produtos de fácil acesso. Na base operacional está o acrílico, ambu, bateria de nobreak e uma fonte de computador. Dependo da marca e modelo, os ventiladores podem ser comprados por R$ 15 mil. O aparelho da UNAMA tem um custo unitário de R$1.100, treze vezes menor que os disponíveis no mercado.

A próxima etapa, após ensaios e registros documentais, é a busca por empresas parceiras e cadastradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para o coordenador dos cursos de engenharia da UNAMA, Afonso Lelis, a iniciativa visa um bem maior. “Nós entendemos a real necessidade, de manutenção à vida, e não poderíamos ficar parados. Trabalhamos dentro das normas técnicas da ABNT, em um curto tempo, sem medir esforços. Estamos consciente de que o projeto vai ser bem aceito. Estamos disponíveis para melhorá-lo, se necessário for, para atender o mais breve possível as unidades hospitalares”, disse o gestor.

Contribuição à população

O protótipo de ventilador pulmonar é uma contribuição da UNAMA para o suporte à população em casos grave de Covid-19. O aparelho tem a finalidade de ajudar o corpo humano, nas trocas de oxigênio e gás carbônico, uma vez que os pacientes que tem os pulmões comprometidos não dão conta de mantê-los sozinhos. O exemplar foi planejado ainda para ser higiênico e de fácil esterilização. A caixa, por exemplo, é de acrílico e não solta partículas no ambiente hospitalar.

“Em termos funcionais, estamos usando uma bateria de nobreak. Ela vai manter funcionando um motor que aciona o ambu. Esse processo é mesmo usado no elevador de vidro de carro, por exemplo. O mecanismo sobe e desce, fazendo a frequência respiratória do paciente, sem que um enfermeiro fique 24 horas executando a atividade mecanicamente”, explica um dos engenheiros responsáveis pelo ventilador, Carlos Rolim.

Para evitar qualquer tipo de transmissão do novo coronavírus, os docentes trabalham com todos os equipamentos de proteção individual (EPIs), seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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