Segundo a Administração Nacional de Segurança do Trânsito dos EUA, o índice de fatalidade de ocupantes de veículos no período noturno é três vezes maior que durante o dia, o que revela a dificuldade dos motoristas em dirigir no escuro.
A Ford testou um Ford Fusion Hybrid autônomo em pistas escuras do Campo de Provas do Arizona, nos EUA, os sensores Ford LiDAR são capazes de conduzir o carro em estradas cheias de curvas junto com o software de direção virtual, o veículo autônomo conta com três tipos de sensores – radar, câmeras e LiDAR – e o ideal é ter todos funcionando.
Para navegar no escuro, os carros autônomos da Ford usam mapas 3D de alta resolução, complementados por marcações na pista e informações da geografia, topografia e referências locais como placas, prédios e árvores. O veículo usa os pulsos do sensor LiDAR para se localizar no mapa em tempo real, combinados com os dados do radar.
Depois de mais de uma década de pesquisas com veículos autônomos, a Ford busca a direção totalmente autônoma, definida pela SAE International como Nível 4, que não requer a intervenção de um motorista para assumir o controle do veículo.
Em 2016 a Ford vai triplicar a sua frota de veículos autônomos de teste, com cerca de 30 Fusion Hybrid rodando em ruas da Califórnia, Arizona e Michigan, nos EUA. Esses desenvolvimentos são chaves no plano Ford Smart Mobility, que a empresa desenvolve para ser líder em conectividade, mobilidade, veículos autônomos, experiência do consumidor e análise de dados.
Já a Ford Europa apresentou uma tecnologia inteligente de controle de velocidade que estará disponível na nova geração do Edge no mercado europeu. O objetivo desse novo recurso é auxiliar o motorista a trafegar nas condições regulamentadas das vias públicas, evitando acidentes e multas por infração no trânsito.
O funcionamento é composto por um sistema de câmeras que identifica os sinais de trânsito e ajusta a velocidade do veículo. Como no Brasil e vários países do mundo, o aumento do uso de câmeras é uma realidade. E bastam alguns segundos de distração e acidentes podem acontecer, ou pesadas multas de velocidade com pontuação ao motorista.
A Ford introduziu o limitador inteligente de velocidade na Europa no ano passado, no S-MAX e Galaxy. Desde então, 95% dos compradores desses modelos têm optado pelo equipamento que combina duas tecnologias da Ford: o limitador de velocidade ajustável, que permite configurar manualmente a velocidade máxima; e o reconhecimento de placas de trânsito, que mostra no painel o último limite de velocidade detectado e sinais como proibições de ultrapassagem e conversões.
O equipamento é acionado por controles no volante e pode ajustar automaticamente a velocidade do veículo ao limite local. Nos modelos equipados com navegação, também usa os dados do mapa para aumentar a precisão. O sistema monitora os sinais de trânsito por uma câmera montada no para-brisa e desacelera o carro automaticamente quando um limite de velocidade menor é identificado. Quando o limite aumenta, permite novamente a aceleração.
A Ford também iniciou o megaprojeto de renovação da sua sede mundial em Dearborn, nos EUA, deve durar 10 anos e vai revolucionar as instalações e criar um ambiente moderno, sustentável e de alta tecnologia para promover a inovação. A mudança faz parte da transformação da Ford em uma empresa de automóveis e de mobilidade.
As obras abrangem cerca de 700 mil metros quadrados e os 30.000 empregados que ocupam os 70 edifícios atuais serão remanejados em duas grandes áreas: de produto e corporativa.
O atual Centro de Pesquisa e Engenharia da Ford, inaugurado em 1953, hoje com 12.000 empregados, vai abrigar o dobro de pessoas. Suas instalações terão conectividade sem fio até 10 vezes mais rápida que a atual, espaços de trabalho para promover a colaboração e inovação. Uma área verde central vai interligar os prédios com trilhas para caminhadas, ciclovias e passarelas cobertas.
O campus servirá também como piloto para teste de soluções de mobilidade inteligentes, como veículos autônomos, ônibus sob demanda e bicicletas elétricas para o transporte dos empregados. A segunda área – ao redor da atual sede – terá uma nova instalação da Ford Credit, novos serviços para empregados, estacionamento coberto e espaços de recreação com campos de futebol e softball.
As áreas de trabalho colaborativas são uma característica no projeto de todo o complexo e os empregados terão mais luz natural e opções de locais para realizar tarefas específicas, como mesas para trabalhar sentado ou em pé e cafeterias internas e externas com wi-fi. Haverá pelo menos uma sala de reunião para cada sete empregados, além de centros de ginástica e opções de refeições mais saudáveis.
Os novos edifícios terão padrão máximo de eficiência ambiental, com iluminação e ventilação natural, novos sistemas de vidros, isolação e recuperação de calor que vão reduzir em cerca de 50% o consumo total de energia. Um sistema avançado de captação e limpeza de água da chuva contribuirá para diminuir significativamente o uso de água potável. As áreas verdes serão ampliadas com espécies nativas, uma passarela na copa das árvores e retenção natural de chuva.
Uma área de demonstração com balanço zero de resíduos, consumo de energia e de água, usando refrigeração e aquecimento geotérmico e energia solar renovável.
Projetada pelo SmithGroupJJR, inspirada em empresas de tecnologia e campus universitários, incorpora os sete conceitos do WELL Building Standard, considerando como o ar, água, alimento, luz, condicionamento físico, conforto, saúde mental e emocional impacta os empregados. Os mesmos padrões serão aplicados futuramente na modernização dos demais escritórios globais da Ford.