Senac EAD cria curso Técnico em Programação de Jogos Digitais

Curso técnico em Programação de Jogos Digitais oferece conteúdo de aprendizado focado nas principais tendências do mercado de trabalho

A projeção de crescimento no consumo de games no Brasil deve chegar a 11% em 2021, conforme informado pela 20ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia Brasil (PwC). O levantamento compreende o período de 2019 a 2023 e destaca ainda que os usuários têm maior preferência por jogos disponibilizados em aplicativos para dispositivos móveis.

Outra pesquisa que confirma a veracidade das informações iniciais foi realizada pela Pesquisa Game Brasil* em 2020, na qual 86,7% dos entrevistados afirmaram que utilizam o celular para consumirem jogos eletrônicos. Na sequência ficaram os acessos pelo vídeo game (43%) e computador (40,7%).

O coordenador do curso Técnico em Programação de Jogos Digitais do Senac EAD, Daltron Simões Vanderlei, reforça que a maior fatia do mercado consumidor de jogos digitais no Brasil está na plataforma mobile. “Isso se dá especialmente pela onipresença dos smartphones, pela popularização da tecnologia e pelos modos de faturamento incluídos nesse tipo de desafio. Diferente dos produtos elaborados para computador, que são geralmente pagos antes de serem instalados, no mobile é muito comum que o jogador possa instalar o software gratuitamente”, argumenta.

Entretanto, o especialista alerta que em algum momento o usuário será incentivado a investir no jogo, seja visualizando propagandas, pagando para ultrapassar um bloqueio incluído no game ou ainda adquirindo itens extras que ajudem a superar os desafios propostos nas diferentes fases.

Mercado profissional

No Senac EAD, os estudantes terão oportunidade de aprender e experimentar os passos iniciais de planejamento e interpretação de características definidas para o jogo (interações, ações, reações e regras). O conteúdo programático ensina ainda como desenvolver a programação desses conceitos utilizando as tecnologias mais presentes no mercado, integrando com elementos de arte até alcançar a finalização do produto. “Dessa forma, o estudante terá condições de integrar diferentes equipes já que o curso aborda conhecimentos utilizados nos ambientes de computadores e dispositivos móveis. O detalhamento no aprendizado contribui para que os futuros técnicos estejam capacitados para atuarem em projetos variados ou empreendendo no mercado setorial”, observa o docente.

O setor de Jogos Digitais é multidisciplinar e compreende disciplinas que estão diretamente interligadas no processo de aprendizado. As principais são: Game Design (planejamento do jogo, regras e experiência), Artes Visuais (desenvolvimento de desenhos e modelos tridimensionais), Áudio (músicas ou efeitos sonoros) e Programação (construção das interações).

Daltron esclarece que a atividade de programação é uma das que mais precisa lidar com a multidisciplinaridade de conhecimentos, em razão dos aspectos técnicos e artísticos, presentes na construção de um jogo. “Apesar das particularidades, esses produtos são softwares, e por isso, estão sujeitos a questões e técnicas mais tradicionais de programação, gestão, organização de tarefas e testes. Assim, é interessante que conhecimentos em metodologias, qualidade e gestão de projetos estejam presentes”.

As opções de atuação profissional no setor são amplas com espaço em empresas, projetos específicos realizados por equipes ou individualmente. Outra possibilidade apontada pelo especialista do Senac EAD é o Advergames (jogos utilizados como ferramenta de marketing). “São projetos adquiridos por uma empresa interessada em divulgação através de jogos. Além disso é importante destacar as opções em desenvolvimento de jogos para educação ou para treinamento profissional – os chamados jogos sérios”.

Popularidade dos jogos nacionais

O docente do Senac EAD ressalta que alguns jogos nacionais conquistaram atenção dos usuários locais e de outros países. Um dos exemplos mais comentados é “Dandara”, do estúdio Long hat House. Trata-se de um jogo bidimensional de ação/aventura que parte de um trecho da história do Brasil, reimaginando a guerreira esposa de Zumbi de Palmares. Outra opção disponibilizada para computadores que ganhou reconhecimento foi “Aritana and the Twin Masks”, do estúdio Duaik, que usa o folclore e o povo indígena como personagens.

“Já no ambiente de dispositivos móveis, destaca-se “Horizon Chase” do estúdio Aquiris, um jogo de corrida bastante nostálgico, e “Starlit Adventures” da Rockhead Games, que já ganhou várias versões com diferentes modos de disputa”, pontua Daltron.

O especialista analisa outro setor que vem se destacando no cenário nacional, o de jogos educativos. Criados a partir de conteúdos didáticos, esses produtos têm demostrado benefícios comprovados no processo de aprendizado, em razão das características lúdicas. “Podemos notar benefícios em questões de pensamento lógico, atenção aos detalhes, raciocínio rápido, tudo derivado de desafios propostos pelos jogos. É claro que é necessário observar a adequação do título à idade e às características da criança jogadora” finaliza.

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