FORD : mobilidade urbana e biomateriais

Uma equipe de engenharia da Ford Camaçari (BA) apresentou no programa global Desafio de Mobilidade (Mobility Challenge), o projeto MOB BAG criado para facilitar o deslocamento de pessoas com limitações para conduzir sua bagagem pessoal, tais como gestantes, deficientes físicos, idosos e mães com criança de colo, já que mobilidade urbana é uma preocupação constante da Ford, que incentiva seus empregados e a sociedade a desenvolver soluções e alternativas para o mundo de hoje.

A MOB BAG é um projeto com múltiplas funções, desenvolvida para ser transportada no porta-malas do veículo, em uma espécie de plataforma que funciona também como estação de recarga, aproveitando a energia gerada pela recuperação de frenagem do automóvel. Pode ser recarregada também em uma tomada convencional.

A mala é equipada com um motor elétrico com controle de velocidade sob demanda – as rodinhas são acionadas assim que a pessoa começa a puxá-la –, bateria e tração por sistema de engrenagem. Dispõe de um sistema eletrônico de travamento e localização, com cadeado aberto somente por senha em um aplicativo para smartphone, que avisa em caso de violação. A localização também é feita pelo smartphone, emitindo um sinal sonoro ou luminoso quando acionado, útil para encontrá-la na esteira de aeroportos.

Outra funcionalidade da MOB BAG é a possibilidade de ser usada como fonte de energia para o carregamento de dispositivos eletrônicos, como celular ou tablet, por conexão USB. Tampa deslizante e alça retrátil são outros detalhes que facilitam seu uso.

O objetivo do Desafio de Mobilidade, programa global da Ford, é permitir que empregados gerem ideias de inovações, em um exercício de criatividade, independentemente de sua implantação ou não nos veículos.

A Ford anunciou nos Estados Unidos o desenvolvimento de uma nova tecnologia para a produção de componentes de plástico e espuma sustentáveis para aplicação em veículos da marca. Primeira do setor automotivo a adotar essa técnica, que usa o dióxido de carbono capturado no ambiente como matéria-prima de biomateriais capazes de atender os rigorosos padrões da aplicação automotiva.


A nova espuma sustentável, produzida com até 50% de polióis derivados de CO2, pode ser aplicada em bancos e capôs. O novo plástico também tem um grande potencial de uso em peças automotivas. A expectativa é que, dentro de cinco anos, eles sejam aplicados na produção de veículos da Ford.

As emissões de carbono e as mudanças climáticas são uma preocupação crescente dos líderes mundiais, já que o volume de CO2 lançado globalmente na atmosfera é de impressionantes 1.000 toneladas por segundo. A fabricação de plástico é responsável por cerca de 4% do uso de petróleo no mundo, segundo a Federação Britânica de Plásticos. Os pesquisadores da Ford estimam que o uso de carbono capturado ajude nas metas de longo prazo para redução do aquecimento global, definidas recentemente no acordo da ONU em Paris.


Há cerca de duas décadas, os pesquisadores da Ford têm trabalhado com sucesso no desenvolvimento de materiais sustentáveis. Um exemplo é a espuma de soja, presente hoje em todos os carros da marca na América do Norte. Há também a aplicação de fibra de coco em forros de porta-malas, pneus reciclados e soja em capas de espelhos, camisetas e jeans reciclados em carpetes, além de garrafas plásticas recicladas no tecido da F-150.

A Ford começou a trabalhar com diversas empresas, fornecedores e universidades em 2013 na busca de aplicações para o CO2 capturado. Uma delas é a Novomer, com sede em Nova York, que usa o dióxido de carbono capturado em fábricas para a criação de materiais inovadores. Por meio de um sistema de conversões, ela produz um polímero que pode compor diversos materiais, como espuma e plástico, de fácil reciclagem.

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