Brasil é o País com mais chances de sofrer violação de dados

Relatório encomendado pela IBM ao Instituto Ponemon sobre o custo médio de violação de dados, “Cost of Data Breach Study 2016”, mostra que o Brasil está entre os países mais vulneráveis no quesito segurança da informação. Primeiro da lista de 12 países, Brasil é seguido por África do Sul, França, e Índia.

O estudo, que entrevistou 33 companhias brasileiras de 12 diferentes setores no período de dez meses, aponta também que a média de custo per capita de violação de dados no Brasil cresceu significativamente, de R$ 175,00 para R$ 225,00 de um ano prá cá. O prejuízo das empresas no País passou de R$ 3.96 milhões para R$ 4.31 milhões. Já o número de dados roubados este ano subiu de 3.900 para 85.400.

De acordo com a IBM, os ataques maliciosos foram a causa primária e mais cara das violações de dados. Nas empresas entrevistadas, constatou-se que 40% dos incidentes envolveram uma tentativa maliciosa ou criminosa. Além disso, funcionários ou organizações que negligenciam a segurança de seus dados representaram 30% de todas as violações, enquanto os outros 30% foram causadas por falhas humanas.

O relatório ainda mostra que os custos pós-violação de dados também cresceram. Por exemplo, as despesas legais com serviços de proteção, entre outros, aumentaram de R$ 1.23 milhão em 2015 para R$1.32 milhão em 2016. Os gastos diretos com atividades como o envolvimento de peritos forenses subiram de R$ 103,00 para R$ 110,00. Já os indiretos, que incluem tempo, esforço e outros recursos organizacionais, passaram de R$ 43,00 para R$ 115,00 em 2016.

Reduzindo riscos

As principais medidas preventivas implantadas por companhias após sofrerem com brechas de segurança foram: uso extensivo de dados criptografados (47%), procedimentos manuais e controles suplementares (46%), programas de treinamento e conscientização (43%), segurança e fortalecimento dos controles de perímetro (40%). Nos últimos quatro anos, o uso de criptografia aumentou 22%. Já o fortalecimento dos controles de perímetro e o uso de sistemas de inteligência de segurança cresceram 21%.

No versão global do estudo foi feita uma pesquisa com mais de duas mil companhias de diversas indústrias. A IBM listou as sete principais pontos de atenção ou constatações das organizações para se defender de possíveis violações de dados. São elas:

  1. O custo de violação de dados é permanente. As organizações precisam se acostumar com este dispêndio e estarem preparadas para criar e implementar suas estratégias de proteção de dados;
  2. A maior consequência financeira para as organizações que experimentaram uma violação de dados é a perda de negócios. As empresas precisam tomar ações para reter a confiança do consumidor e reduzir o impacto financeiro em longo prazo;
  3. Os ataques maliciosos continuam sendo o problema. Eles ainda tomam muito tempo para serem reparados e, como resultado, têm o maior custo por registro;
  4. Quanto mais tempo, mais custoso. Os investimentos têm sido feitos em tecnologias in-house para reduzir o tempo na detecção e contenção de fraudes;
  5. Saúde e serviços financeiros são os maiores alvos. Dados mais dispendiosos precisam de maior proteção.
  6. Expansão nos programas de governança. Ações para treinar, conscientizar e gerenciar colaboradores e líderes.
  7. Colaboração é a palavra da vez. O estudo revelou que houve uma redução nos custos quando as companhias compartilharam informações sobre ataques e implantação de tecnologias para a prevenção de perda de dados.

Para obter o relatório completo com dados de todos os países e do recorte Brasil, acesse: http://www.ibm.com/security/data-breach/

* Via IBM

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